1- O Sudário de Turim, melhor conhecido como Santo Sudário, pode ser considerado uma das relíquias mais fascinantes e misteriosas da tradição cristã. É um pano de linho que, segundo a lenda, teria sido utilizado por José de Arimateia para envolver o corpo de Jesus após sua morte.
2- Obviamente, o Sudário hoje guardado na Catedral de Turim, na Itália, não é o mesmo tecido descrito na Bíblia. Para se ter uma ideia, até 1349, quando apareceu na França em posse de um nobre chamado Godofredo de Charnay, não houve qualquer registro ou menção confiável a seu respeito.
3- O que realmente fortaleceu o mito em torno do Sudário foi uma fotografia do tecido tirada pelo fotógrafo amador Secondo Pia, em 1898, cuja impressão em preto e branco do negativo apresentou a imagem de um homem muito semelhante à representação de Cristo. Foi suficiente para consolidar a veneração dos fieis em torno da relíquia.
4- A análise mais importante do Sudário foi feita em 1988, quando três laboratórios em Oxford, Zurique e na Universidade do Arizona concluíram, após testes de datação por carbono-14, que o Sudário é, na verdade, uma falsificação da idade média.
5- Uma equipe de pesquisadores liderada pelo químico Raymond Rogers defendeu a tese de que as sucessivas danificações sofridas pelo tecido ao longo dos séculos podem ter comprometido a pesquisa de 1988. É certo que, em 1532, o manto escapou por pouco de um incêndio que atingiu a capela que o abrigava. Rogers afirmou que a amostra de pano utilizada pelos laboratórios havia sido retirada de uma área que, originalmente, não fazia parte do tecido, mas tinha sido acrescentada numa tentativa de restauração após o incêndio. Mas pouca gente leva as conclusões de pesquisadores como Rogers a sério. É preciso destacar que, na idade média, havia um amplo mercado de objetos falsificados, desde pedaços de madeira retirados da "cruz de Cristo", até objetos supostamente ligados a pessoas que conviveram com Jesus.
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